DITADURA NUNCA MAIS
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Goulart
Trabalhos feitos por artistas de rua, em Petrópolis .
Mais sobre a obra de Ferreira Goulart AQUI
Linda tua poesia e ainda há ANTAS falando que não houve ditadura!!! Barbaridade! beijos, chica
ResponderExcluirPois é, chica...nao estudam e nem leem. Pobre Brasil e seu povo arrogante, que está voltando a ser capacho, é todo vaidoso... !!!
ExcluirNem dá para comparar essas pessoas com as antas, que são animais lindos e muito mais inteligentes!
ExcluirSou mais as antas, Ulisses!
ExcluirOi Sandra! Que trabalho mais diferente, nunca tinha visto, incrível esse fundo, parece tão fininho, não sei como não escorre, show!!
ResponderExcluirA primeira arte é bem impactante...
Esse poema é lindo, gosto dele desde os tempos que nem sabia que era um poema, era a música do Fagner.
Eu fiz um vídeo no meu canal do youtube com minha leitura dele, só com imagens, usando o velho Windows movie maker, se quiser ver procura lá no youtube Traduzir-se - Ferreira Gullar - Fagner, é bem antigo. e simples.
Ditadura Nunca Mais. Que assim seja, num país governado por lunáticos onde não há bom senso e sequer compreensão da História, tenho medo.
Abração, amiga!
Nossa! Vc é fera na Internet hem, Dalva!
ExcluirAdorei o vídeo, parabéns 🌷
Obrigada, Sandra, mas não sou não, qdo comecei a usar até tentei, mas o trem inova num piscar de olhos constantemente e a mente não conseguiu acompanhar as novas ferramentas que pipocam. Meu filho diz que desisto fácil de aprender, mas é complicado qdo se dá o passo 1 2 3 4 e qdo chega no 5 já não lembro dos anteriores, tem que voltar trocentas vezes...Lembra do jogo do Tomb Rider? Não consegui mesmo dominar o controle da mira :D
ExcluirAbração , obrigada pelo carinho e bom domingo!!
Nossa! Quanto tempo que não vinha aqui... minha memória também vem falhando, Dalva!
ExcluirTenha um feliz dia das mães, amiga.
O poema é fabuloso.
ResponderExcluirGostei das fotos, magníficas.
As ditaduras (todas elas) são como prisões coletivas, onde todos os cidadãos estão amordaçados. E alguns até são mortos em nome de qualquer coisa (Deus, Pátria, etc.). Ainda assim há sempre alguém (uma minoria) que pede uma ditadura, como se isso resolvesse os seus males...
Sandra, um bom fim de semana.
Beijo.
Obrigada por apareceres por estas bandas de cá, Jaime!
ExcluirTenha um ótimo fim de semana,
Abraço!
ResponderExcluirTalvez a beleza esteja na natureza efêmera da criação artística...
Sim, talvez...
ExcluirAdmiro o artista grafiteiro por essa capacidade de aceitação da efemeridade da arte que produz!
Nunca mais mesmo.
ResponderExcluirTraduzir uma parte na outra parte ...
Arte gritando pelos muros e viadutos das cidades.
Abraços
quanta demora para responder aos comentários... reparou, Toninho?
ExcluirMas tô aqui me redimindo, rs rs!
Um abraço e ótimo fim de semana.
Um abraço aqui da minha amada terra, Petrópolis-RJ
Adoro esse poema do Ferreira Gullar, há muito tempo que sinto que essas palavras de certa forma me definem, partes de mim, e hoje mesmo postei a Calcanhotto interpretando o poema. As imagens são muito boas, E SIM, DITADURA NUNCA MAIS! Um beijo, Sandra!
ResponderExcluirEu vi a sua postagem sim, Ulisses. Ficou ótima!
ExcluirAbraços, meu amigo.
Ditaduras são vergonhas da humanidade...
ResponderExcluirGostei muito de ver essa arte... belíssima, não conhecia.
Petropolis ficou valorizada.
Beijinho, querida Sandra.
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Aqui no Brasil, o povo pediu o retorno da ditadura, Majo. Acredite se puder!!!
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