CASARÕES DA MINHA CIDADE

Trecho de "A moça do Sonho"
Letra completa no final da postagem


















































Fotografias feitas durante minhas caminhadas por Petrópolis (Rio de Janeiro)



Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó
Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não

Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez
Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu
Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava Jamais


Comentários

  1. Oi Sandra, que coisa mais linda!!
    Amei as fotos, os casarões são maravilhosos e vê-los tão bem fotografados acompanhado da voz de Chico cantando essa preciosidade (fui pesquisar, não conhecia)...Obrigada por me tirar da ignorância de não conhecer, é um sonho real, sabe qdo a gente acorda de um sonho e pensa...Que bom que sonhei isso!
    Que sonhos guardaram tantos casarões que vê pelas suas caminhadas?
    Lembrei da novela O Casarão, há muitos anos, o amor de Carolina e João Maciel, não me lembro mais da história, mas lembro que me marcou, lembro de algumas músicas...
    Obrigada pelo belo post, ótimo final de semana!

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    1. Oi Dalva!
      Amei seu comentário. Também lembro vagamente da novela...
      Aqui em Petrópolis tem casarões incríveis, eu gosto mesmo de "viajar" imaginando a história, os segredos que guardam esses casarões.
      Obrigada, você é muitíssimo bem-vinda!
      Bom domingo e ótima semana.

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  2. Esses casarões certamente guardam muita história, essas paredes. Bonitos. Belas imagens. Passar por eles deve de alguma forma nos remeter aos acontecimentos dessas construções. Essa música é linda, ouvia bastante um tempo atrás em um disco que eu tenho da Bethânia, lembro de uma amiga que ficava cantarolando porque adorava a letra... Espero que estejas bem, Sandra, com luz nos teus caminhos, um abraço!

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    1. Obrigada, Ulisses, pelo que deseja a mim. Desejo também luz para os seus caminhos, que estão para nós, difíceis pelas circunstâncias...
      Estive no seu blog e deixei dois comentários, mas não sei se vão aparecer porque minha filha entrou no meu computador com a conta dela do Google. Fiquei confusa... Se não aparecer eu torno a postar.
      Vi pessoas defendendo o bozo...como você consegue lidar com isso??? Me ensina.

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    2. Obrigado também, Sandra, por desejar para mim o que de bom eu te desejo, e o que desejares para mim eu te desejarei em dobro. Recebi, sim, teus comentários, já respondi. Divergências existem no jogo democrático, não espero que sejam uma continuação dos meus pensamentos, aceito e respeito as diferenças, o que não tolero é falta de respeito, ou arrogância, respondo à altura sem a menor cerimônia se achar que devo, mas naquele caso a pessoa foi até educada, então eu sou também, simples assim. Espero que estejas bem, bom domingo, boa semana, um abraço!

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  3. Certamente são casas bonitas, mas você notou que todas estão fechadas? É como se não quisessem deixar escapar as histórias que continham. Bela entrada e belas fotos.

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  4. As imagens, por si, já demonstram todo o poder solene, intrínseco numa arquitetura sobrecarregada de tanta saudade, beleza e bom gosto e valor (e bote valor), artístico.
    Também, esperar o que de uma ex-cidade imperial?
    Abraços.

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